Minha empresa é muito pequena para pensar em sustentabilidade!

Mas quem foi que disse que sustentabilidade tem a ver com porte? Escutamos muitas vezes de nossos clientes a argumentação de que pensar em sustentabilidade é legal, mas o negócio deles quase não tem impacto, então não tem sentido pensar nisso. Outros dizem que sustentabilidade é muito caro e por isso não tem condições de fazer qualquer coisa e continuar competitivo.

Bom, vamos desmistificar essas duas coisas, mostrando inclusive alguns exemplos de que sustentabilidade é muito mais um modelo de negócios do que um conjunto de instrumentos, softwares ou consultorias caras.

Tripé da sustentabilidade

A sustentabilidade, segundo o conceito de Elkington, é o desenvolvimento pensado a partir do trip:, Profit, Planet e People, ou seja, lucro, planeta e pessoas. É fundamental que toda organização seja lucrativa, pois, caso contrário, a perenidade das suas ações estaria gravemente ameaçada, inclusive organizações não governamentais e fundações. Por planeta entendemos as ações associadas ao meio ambiente, e pessoas à responsabilidade social, à gestão de pessoas e ao cuidado com a comunidade do entorno.

E onde que entra os custos elevados que bloqueiam o caminho da sustentabilidade para as PMEs? Só na nossa cabeça mesmo. Claro que uma padaria de bairro não vai conseguir gerir um programa transformacional para reverter o quadro de desmatamento na Amazônia. Mas ela pode sim possuir uma política de comprar apenas madeiras certificadas com o selo FSC para o forno.

Uma padaria pode ter um programa de doações de alimentos para as comunidades carentes do entorno, pode ser uma central de arrecadação de doações como agasalhos e alimentos. Uma simples padoca de bairro pode contratar menores aprendizes e ajudá-los no aprendizado de uma profissão. É possível para uma padaria pensar no consumo de energia do forno com vistas a economia de recursos e de emissão de CO2.

Mas não pense que isso é teoria de engenheiro ambiental e que não funciona na prática. Os exemplos são vários, como a Tiê Moda Sustentável de BH que pratica muito bem os pilares da sustentabilidade, com reaproveitamento de resíduos, comércio justo, valorização da cadeia de fornecedores e muito mais.

A Sobral, uma loja de joias e design do Rio de Janeiro,  incorporou bem a gestão de resíduos e os demais itens da gestão ambiental, tendo inclusive a regularização junto ao Inea para as suas atividades. A Sobral faz arte com materiais que seriam descartados.

A Samambaia Serraria de Granitos trabalha o seu principal resíduo a lama de serraria, transformando-o em blocos para serem utilizados pela construção civil. Isso sem falar na economia de água com um processo de recirculação que traz uma redução de quase 80% do consumo geral.

E como não falar dos nossos roxos amigos da Juçai, que tiram o melhor açaí da Palmeira Juçara e de quebra ainda reflorestam a mata atlântica e incentivam com renda a manutenção da floresta em pé.

Nada disso é feito com gastos extraordinários, recursos infinitos e complexidade absurda. Pelo contrário os melhores projetos e ações de sustentabilidade são aqueles feitos internamente, a partir de insights da própria equipe. Sempre dissemos por aqui, ninguém entende mais do processo da indústria do que a própria indústria.

Por isso comece agora mesmo a tirar seus projetos do papel, largue esse mimimi de custos para lá e vai rodar o seu processo para encontrar gargalos, melhorias e lacunas para serem trabalhadas.

Qualquer dúvida é só contar com a gente, somos especialistas em transformar empresas em negócios sustentáveis!


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